O que é, para uma mulher descer aos Infernos?
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Descer ao inferno....é descer ao inferior, talvez aquilo que mais depreciamos nos outros e em nós mesmos.....
Descer ao inferno...é um encontro interior muitas vezes imprescindível para que possamos crescer...
Não existe luz sem escuridão....
Não existe verdadeira redenção sem um misto de dor e glória....
Vencer-se...Vencer o outro....Ter um encontro não só com as aparências do espelho como também não só com aquilo do que nos orgulhamos e sim um encontro pleno...com os medos e dores também....o ying e yang...do seu ser.
Descer ao inferno...parar, pensar, sorrir, chorar, gozar, deixar de ter certezas;
Descer ao inferno é uma viajem intrínseca,
É um desafio, pode ser feito naquele momento peculiar onde a revolta se confunde com o desespero.
Descer ao inferno pode ser uma degustação metafórica do sabor da vida, ou seja o lugar onde se bebe o fel o qual prepara a boca para deliciar-se verdadeiramente com o mel , para sorver com tamanha voracidade um saboroso néctar; que talvez não teria sido devidamente apreciado se a língua com suas papilas gustativas sempre estivessem acostumadas ao doce.
Descer ao inferno muitas vezes é virtuoso, viciante...
Descer ao inferno muitas vezes é inevitável....
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Vivemos todos em comum com a fúria das almas
O QUE NÃO FUI
Humberto Amancio
Tenho saudades de mim Daquilo que eu não fui e tudo o que não dei a mim. Tenho Saudades do nada ao ter toda saudade de mim. Mas em tudo me percorre como se fosse verdade. é tambem uma grande mentira a plena necessidade de não saber o que escorre de tudo, dos outros, de mim. E não sabendo de nada Nem dos outros, que sou eu ser apenas o sentir cada, que tudo significa ir...Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. Sentir tudo de todas as maneiras. Sentir tudo excessivamente, Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas E toda a realidade é um excesso, uma violência, Uma alucinação extraordinariamente nítida Que vivemos todos em comum com a fúria das almas, O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
//Escrito por Perséfone às | 0 comentários
Início
quarta-feira, dezembro 21, 2005
(Prosérpina em latim) - Filha de Zeus e Deméter , seu nome significa “portadora da destruição”. Juntamente com sua mãe forma um dos mitos de maior penetração na Grécia Antiga e que deu origem à instituição dos Mistérios de Elêusis, prática que foi instaurada no século XV a.C. e perdurou por aproximadamente 2.000 anos. Hades , tendo se apaixonado loucamente por Coré, pediu permissão à sua mãe, Deméter, para desposá-la. Sem querer perder a companhia da filha que muito amava e a auxiliava no cultivo dos campos, recusou-lhe o pedido. Certa feita, Coré andava pelas pradarias de Ena, na Sicília a colher flores, quando se deparou com um lindo narciso , solitária flor à beira do lago. Ignorando tratar-se de um ardiloso truque elaborado por Zeus para atraí-la para os braços de seu irmão, a inocente jovem se aproximou inclinando-se para apanhar flor tão singela. Subitamente a terra abriu-se a seus pés e de suas entranhas surgiu Hades dentro de um carro. Sem tempo para a fuga, Coré foi arrebatada para as profundezas dos Infernos. Com seu rapto e subseqüente violação, Coré, que significa “virgem”, passou a se chamar Perséfone.
Desesperada, Deméter partiu à procura de sua querida filha e, retirando-se do Olimpo, estabeleceu-se na cidade de Elêusis. Amaldiçoou a terra que imediatamente foi assolada por impiedosa esterilidade. A deusa jurou somente retornar para junto dos imortais quando reencontrasse Perséfone. A pedido de Zeus, Hades concordou em devolver sua sobrinha, agora também sua esposa. Antes porém, o senhor dos mortos a fez comer uma semente de romã, pois quem nos Infernos se alimentasse, para lá sempre haveria de retornar. Plutão e Perséfone ficaram assim irremediavelmente unidos porque durante quatro meses do ano devia a deusa passar em companhia do marido nas profundezas subterrâneas. É durante esse período, o outono, que a terra passa por um momento de dormência, simbolizando a tristeza e a saudade da grande deusa Mãe que se vê forçada a se separar da filha. Nos demais meses do ano, Deméter e Perséfone estão juntas, vivendo lá no alto do Olimpo. Por esse motivo, Perséfone figura na mitologia tanto quanto divindade agrícola quanto como deusa e rainha das trevas, guardiã dos segredos e mistérios do mundo infernal
>Bom .... é por este motivo que a escolhi para representar o endereço do meu blog, pois a representividade antagonica de fertilidade e destruição desta Deusa assemelha-se a minha descrição de antítese viva!
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