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Eu sou aquela espécie em extinção, totalmente exótica, que causa espanto...

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Após algumas tentativas de criar um blog, peregrinações em sites resolvi construir aqui meu lugar.Não apenas um diário...ou não um diário, mas onde mostrarei minhas percepções, as músicas que me tocam, os sonhos que me perpetuam, as tristezas que me afligem ...Derramarei um pouco do que sou, do que almejo ser e também do que fui... Porque a mudança é uma constante, e se assim não fosse seria realmente chato viver! Considere-se Bem Vindo ao mundo fantástico de Letícia ...

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Dama das águas...Nada pedi...Só quis a estrada...Que eu escolhi..Plantei um fio...Ví mais de um sol...Comi a isca...Cuspi o anzol

segunda-feira, janeiro 15, 2007


Gabriel Garcia Márquez é uma figura emblemática, um dos maiores escritores latino-americanos de todos os tempos e dono de uma escrita inconfundível: o realismo fantástico e a narrativa jornalística.



"O céu desmoronou-se em tempestades de estrupício e o Norte
mandava furacões que destelhavam as casas, derrubavam as paredes e
arrancavam pela raiz os últimos talos das plantações."




Cem anos de solidão social Em um de seus livros mais notórios, o Prêmio Nobel de Literatura, escritor colombiano Gabriel Gárcia Márquez, já
preconizava que o mundo embarcaria em um terrível período de solidão generalizada.


O Papa João Paulo II anunciou, em um de seus últimos discursos oficiais no Vaticano, que a solidão seria o mal do século XXI; entre outras causas, Vossa Santidade justificava o fato com o argumento de que a modernidade contemporânea e a evolução tecnológica estariam priorizando o
individualismo como meta para a felicidade.A corrente de pensamento existencialista, que tem no filósofo francês Jean-Paul Sartre, um dos seus
maiores expoentes, afirma que o homem deve ser o objeto principal da reflexão filosófica na sua existência concreta. E Sartre vai além, quando
diz: “O homem está condenado a ser livre”.
Ou seja, não escolho meu corpo, tampouco meu lugar histórico e social, mas sou responsável pelo sentido que vou dar a esse conjunto de fatos que constituem minha situação no mundo. O
homem é o arquiteto da sua própria vida. E justamente essa liberdade o aflige.A coexistência antagônica e paradoxal, na sociedade contemporânea, do individualismo adjacente ao altruísmo proporciona ao homem uma situação
conflituosa; e o que se percebe, é que o egocentrismo está dominando os relacionamentos sociais e que o homem moderno tem sido vítima da sua própria liberdade, o chamado livre arbítrio. Resultado: guerras, fome, desemprego estrutural e solidão.Aquela terrível solidão que nos corta a alma. A solidão que é sentida no seio da família – mesmo quando acompanhados. A solidão íntima que percuta os sonhos. A solidão que é fruto do individualismo provocado pela mídia,
que nos faz acreditar – e muitos acreditam- que a
felicidade deve se realizar no consumo. Essa solidão, a qual se referia o Papa e sobre a qual o escritor colombiano preconizou, não se cura em uma simples tarde na companhia de colegas e tampouco se pode ignora-la. Ela já existe e está entre nós, fazendo vítimas; algoz e implacável. É a solidão social, gerada por uma sociedade que segregou espaços, causou o isolamento e o enrijecimento de posições. Lugares sociais marcados por desequilíbrios no direito à participação, como por exemplo, lugares reservados, lugares prestigiados e lugares indigentes, lugares de ricos e lugares de pobres. O
homem segregado pela cor da sua pele e pela roupa que veste. Homem solitário, desamparado de afeto. Só.Porém, a questão é que a solidão existencial atinge a todas as pessoas, de qualquer classe econômica. Ela é supra-social e não escolhe o sujeito pela sua conta bancária ou por sua cor, mas simplesmente pelas escolhas que fizeram!


Lucinei Aparecido Braga - Acadêmico de jornalismo

//Escrito por Perséfone às |


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